domingo, 4 de setembro de 2011

Dia do Perdão

É difícil de acreditar que uma menina como aquela tivesse tamanha carga de sofrimento com tão pouca idade. É difícil sequer acreditar que aquele corpo franzino e delicado tivesse alguma carga de sofrimento. É verdade que existem muitas crianças no mundo que sofrem por falta de comida, de abrigo, de amor. Mas a maioria das crianças que ela conhecia tinha tudo isso e mais um pouco. O sofrimento mais comum a todos da sua idade era houvir um Não do pai ou da mãe, e a preocupação mais angustiante era não saber quando iriam ganhar o tal brinquedo que já pediram umas 10 vezes. Responsabilidade não passa de uma palavra comprida para uma criança de 8 anos, mas ela tinha muita, mesmo não sabendo. Sabia apenas que não era uma criança comum. Ela tinha que fazer coisas que as outras crianças não faziam, coisas de gente grande.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Para lembrar

"Escrevo sempre, e acho muito importante escrever. Se pudesse dar um conselho, diria a todo mundo: escreva. Seja uma carta, ou um diário, ou algumas anotações enquanto fala ao telefone – mas escreva.

Escrever nos aproxima de Deus e do próximo.

Se você quiser entender melhor seu papel no mundo, escreva.

Procure colocar sua alma por escrito, mesmo que ninguém leia – ou, o que é pior, mesmo que alguém termine lendo o que você não queria. O simples fato de escrever nos ajuda a organizar o pensamento e ver com clareza o que nos cerca. Um papel e uma caneta operam milagres – curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida.

A palavra tem poder. A palavra escrita tem mais poder ainda."

(Paulo Coelho)

domingo, 10 de abril de 2011

Parei


“As pessoas bem sucedidas não precisam ser as mais inteligentes, mas sim, emocionalmente estáveis.” Depois de muito pensar, cheguei à duas conclusões. A primeira é que isso pode ser verdade. A segunda é que eu preciso ser emocionalmente estável. Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! Coooooooooooooomofazzzzzzzzz????????????
Ta bom, parei de enlouquecer. Vou me concentrar e me tornar emocionalmente estável, eu juro. Afinal, eu quero ser uma pessoa bem sucedida, não quero? Simmm, eu queroo!
Pronto, agora sei o que eu quero, temos um objetivo definido, depois de 2 anos vagando no universo paralelo da paranóia. Palmas pra mim!

sábado, 12 de março de 2011

Oblíqua e Dissimulada.


O que eu tenho a dizer sobre os meses que antecederam esse terceiro primeiro dia de aula?

Sei que foram aguardados ansiosamente e carregavam o peso de muitos planos e expectativas. Mas esqueci que esses não devem ser feitos com tantos detalhes. Esqueci da vantagem do não-saber, do prazer da surpresa. Sem essa, há monotonia, tédio e talvez frustração. Não, não em tudo! Apenas nos detalhes em si, mas que não eram poucos.

Aprendi que as pessoas mudam, mesmo que eu queira congelá-las na memória. A memória muda também. E eu? Eu mudo numa velocidade assustadora, quase que dissimulada. É como interpretar um personagem diferente a cada cenário, a cada público. As vezes me esqueço de qual delas eu sou, de qual devo ser naquele momento... mas eu sei que todas elas sou eu.

Aprendi a viver a intensidade de alguns momentos, independente de como seria depois. Ora, mas isso eu já sabia! Sentir é completamente diferente. E o saber então, pode ser tão cruel quanto fascinante.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Alguns fatos.

Detesto ter que concordar com o fato de que eu não posso mudar o mundo. Eu odeio essa idéia do 'não poder', essa sensação de impotência e conformismo. Na verdade, ainda não concordo. Sei e acredito que posso fazer tanta coisa pelas pessoas, principalmente pelas da minha família, pena que não depende só de mim. Eu queria que todos pudessem ter as oportunidades que eu tive ou pelo menos que pudessem aprender a vê-las, a descobri-lás, a aproveitá-las. Queria tanto que ao menos tentassem. Que não prejudicassem as outras gerações por pura ignorancia ou preguiça. E não obrigassem as crianças a viver no meio dessa brutalidade toda, porque sim, neandertais ainda existem e são meus parentes. Para mudar é preciso querer e agir também. Seria bom se tivesse como abrir uma daquelas cabeças, tirar a merda e colocar um pouco de bom-senso lá dentro. Meu Natal com a parentada foi quente e frustante. Como vou ajudar a melhorar o mundo se não consigo ajudar minha própria família pelo simples fato de que eles não querem ser ajudados?

Sobre a espera.

Não sei se há virtude maior do que a paciência e não sei se possuo o tanto necessário desta.
Sei apenas da sensação de não viver num tempo cronológico, de viver num tempo imaginário onde as horas, os minutos, os segundos, se arrastam. Acho que não só aquele tempo era imaginário, mas aquele mundo, aquelas pessoas, aquela eu...enfim, beirar a esquizofrenia é desconcertante. O bom é que toda espera um dia acaba, mas antes disso transforma-se numa ansiedade bulêmica, aquela vontade de engolir os minutos inteiros, uma inquietação até inconciente. Foi assim no dia da viagem de férias, o grito da expectativa abafava qualquer ruído de frustração ou culpa que ainda estivesse dentro de mim. E então fui feliz. Fui feliz diferente, de um jeito grande, de um jeito livre, sem medo.