quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tema = E1 + E2 (o.O)

É, eu escrevo, às vezes, aqui, uma coisinha ou outra, daí chego lá no cursinho: aula de Redação. Tudo beem, tudo bom, até que: escrevam aí a introdução, uma ou duas frase sobre o bulling. Como assim escrevam aí? Eu não sei o que escrever, ai meu Deus! que coisa mais tensa essa! Pra que essa pressão toda em cima de pessoas tão legais como nós? Nunca matei, nunca roubei. Pra que escrevam aí uma introdução?!? Sacanagem com quem se desloca para o cursinho todo dia desesperadamente na esperança de revisar (aprender alguma coisa de última hora!!!!) os contéudos do ano, pra tentar passar num vestibular e ser um bom profissional, uma pessoa de bem, que vai contribuir para que o capitalismo continue destruindo nossa sociedade e para que futuras professoras de redação pressionem futuros vestibulandos desesperados... (essa frase ta longa demais ¬¬, e daí? ela é minha!). Que mundo cruel esse! Judieeera. Pra que tanta maldade nesses corações? A UFRGS ou a UFSM podiam olhar minha inscrição, ver minha cara sofrida de quem estuda todo dia (aham) e dizer: vem minha filha, que você é uma pessoa dedicada, que nunca falta aula, sempre passa cola pros colegas, ajuda velhinhas a atravessar a rua, por isso esqueça o vestibular porque sua vaga aqui já está garantida! =)))))) *-*

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

ironia

revirando alguns escritos eis o que achei:

"um lixo grogue
com lábios inxados
olheiras profundas

e cabelos desgrenhados"

foi um dos melhores dias da minha vida =) , que ironia...
é nem tudo está perdido, me convenci.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Uma lágrima por Capitu

Beirut me leva pra dentro de mim mesma, um interior, um cantozinho, um fragmento de alma.

Quantos olhos serão necessários para que se possa ter todas as visões de uma mesma coisa?
Quanto tempo dura uma espera?
Quantas dúvidas serão necessárias para que se tenha todas as respostas?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Maktub

Um acidente. Foi um desses instantes em que se penetra na alma do Universo. É, ele tem alma sim. Enquanto todos conversavam, vi o carro passando, vi o homem atravessando a rua, vi a moto vindo e pensei " vai bater", meu cérebro contestou " não, não vai bater, dá exatamente tempo de atravessar, olha lá, falta só uns 2 metros", teimei " claro que vai bater, eu sei que vai". E bateu. Milésimos de segundos depois dessa discussão comigo mesma. Foi como se o pedestre voltasse e a moto se inclinasse para bater nele, pareceu ser de propósito. Eu não acreditei no que vi. Vi o "Destino" agindo, peguei no flagra, exatamente com as manguinhas de fora, ahááá. Aquele acidente não seria possível, tenho certeza, eu vi. Teve um próposito. Mas esse eu já não sei qual é. Apenas fui invadida por uma compreenção súbita: o que tiver que acontecer, acontece. Está escrito. Maktub.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

alguém viu?

Café, café, café! Nunca tomei tanto café na minha vida! Ainda assim tenho sono... não faz mais o efeito que devia fazer, preciso de alguma coisa mais forte...preciso de uma alegriazinha, é acho que é isso. O ônibus continua chato, mas to me acostumando. Hoje decorei a rua, achei um ponto de refêrencia, não ta mais tão difícil de se localizar. Tinha mais gente que nos outros dias. Ainda assim preciso da minha alegriazinha. O dia parece tão curto. Preciso de tempo, mais tempo, bem mais tempo. Não sinto falta da escola, mas sim das minhas caminhadas até lá. Tempinho precioso esse. Tenho que estudar. Preciso de tempo. E a minha alegriazinha, cadê? Preciso pensar, mas quando? Preciso dormir. Planejar. Ler. Tempo, mais tempo. Memorizar o máximo que puder. Anotar. Procurar. Organizar. Quero sair, mas quando? Tempo. Preciso de abraço. Sonho. Estrela. Uma alegriazinha.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Só você

Demorei muito pra te encontrar
Agora quero só você
Teu jeito todo especial de ser
Fico louco com você...
Te abraço e sinto coisas que eu não sei dizer
Só sinto com você
Meu pensamento voa de encontro ao teu
Será que é sonho meu?
Tava cansado de me preocupar
Quantas vezes eu dancei
E tantas vezes que eu só fiquei chorei, chorei...
Agora eu quero ir fundo lá na emoção
Mexer teu coração...
Salta comigo alto e todo mundo vê
Que eu quero só você...
Eu quero, só você...só você...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cursinho

Ah sei lá, tudo muito grande, tudo muito diferente pra quem não tem nenhuma noção de direção. Foi cansativo, estranho, mas massa, vale a pena e com o tempo acostuma. Espero. A única coisa realmente chata é a viagem, cerca de 1 hora, contada naquele relógio vermelho enorme e errado (nunca sei quando é adiantado ou atrasado, mas tava errado), ainda mais quando pessoas ficam conversando e você não quer conversar, odeio conversar quando to viajando pô! A volta foi mais rápida, tinha um céu tão lindo, cheio de estrelinhas, diver diver!

"...clarão da lua que me encanteia..."

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O primeiro Dezembro

Dezembro chegou, e com ele uma nova vida, nova forma de ver o mundo, novos planos, mudanças, novas vontades. Tudo novo. Hoje é o primeiro dia da mais nova fase da minha vida, um dia que eu ainda não vivi, considerando-se que são apenas 2 horas da manhã, mas como eu esperei por isso tudo, por esse dia, e ele chegou! To feliz! É eu to realmente feliz! To até escrevendo sem metáfora! Agora é seguir em frente, sempre confiante, porque sim, eu sinto que chegou a minha vez. De que? Ah, sei lá. De ser feliz, de ser útil, de ser uma outra eu, uma eu mais madura, mais segura de seus objetivos. É, esse não é o último, mas sim o primeiro dezembro de uma nova vida.


ps: bote fofa nessa criança ali em cima *-*

domingo, 30 de novembro de 2008

doce novembro

Ooh God..., já é domingo, ultimo dia de novembro!!! Acabaram as aulas, foi tudo bem bom, bem legal...mas e agora? O que fazer da minha vida? Eis a questão! Em outros novembros eu estaria feliz da vida, festiando, de férias... mas e agora? Férias? Não. Cursinho. Formatura. Vestibular. Eu disse que quero largar tudo e virar hippie, mas me deserdam daí. Essa coisa incerta me irrita profundamente, eu até sei o que eu quero fazer e tal, mas tudo depende de onde eu passar e se passar. Que bela duma porcaria, não? Como é ruim não saber o que vai acontecer. A gente sempre tem sonhos, planos, objetivos, mas nessas horas tudo se confunde e o resultado é quase uma depressão pós-parto. To tentando né, tentando dar um rumo pra essa minha vida. Tu é criada ali naquele mundinho, de repente te largam e dizem "vaaaai", ma vo aonde santo deus??! To perdida daí! Se bobear eu não sei nem atravessar a rua, como assim vaai? Que sacanagem! Então eu vou né. Espero que seja no mínimo divertido, que essa aflição acabe logo e que eu passe no bendito vestibular. Sim, eu tenho que estudar um montão ainda pra que isso aconteça, e já que não posso virar hippie, se nada der certo viro presidente.

sábado, 29 de novembro de 2008

Jogada de Mestre

Objetivo. Concreto. Fixo. Pré-estabelecido. Controle. Persistência. Estratégia. Habilidade. Paciência.
A manobra. O golpe. A conquista.
O silêncio.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pera lá, pera lá!!!
We can!! agora mais do que nunca!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Inexplicável

E pela primeira vez, não há palavras.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Eu, por eu mesma.

Me deu vontade de escrever, registrar, não sei bem o que, mas esse blog ultimamente ta mais um registro das minhas lembranças, das minhas vontades, dos meus desejos. Hoje escolhi escrever, sem metáforas, sem indícios, nem poemas, nada que seja indireto. Pode parecer inútil a qualquer um que ler, mas acho que sou muito egoísta para dividir todos os meus sonhos, toda a minha história, todos os meus dias com alguem que eu não sei, por isso as frases sem sentidos concretos ou os versinhos, ou qualquer coisa insignificante que eu escrevi. Confesso que, às vezes, eu tento esconder tanto os sentidos dessas palavras daqui que nem eu lembro mais o que quis dizer, o que quis registrar, mas não me importo, porque eu sei que se escrevi é porque um dia aquilo teve algum sentido, teve alguma importancia, apesar de hoje estar escondido até de mim mesma. Mas hoje eu só quis escrever. Não me esconder do desconhecido. Nunca gostei de quem tivesse medo, nunca gostei de sentir medo, eu não assisto filme de terror, acredita? Não por ter medo, mas justamento por não querer ter. Tá, enrolei, mas é isso aí. Acontece que hoje eu percebi que eu tenho medo é de mim mesma, eu vivo me escondendo de mim mesma. Que absurdo neh?! Eu não consigo lembrar do que eu quis dizer num post antigo!! Que façanha, esconder as coisas de si mesmo!!! Bom, espero não entrar numa crise de identidade, porque agora mais do que nunca preciso ser eu mesma, to sendo agora, ponto pra mim. "Não muda o teu jeito por ninguém tá" Tá, obrigada por me ensinar a me encontrar, por me mostrar que sim, eu posso ser apenas eu, e isso basta.

domingo, 16 de novembro de 2008

uma descoberta


"A única coisa que você pode controlar são as suas escolhas"

Apenas use esse poder a seu favor.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"É a vida que se adapta aos nossos sonhos"

Eu quero a paz dos sussuros
a magia dos sonhos
o vento da cidadee
a luz do alto do morro....

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Por que?



"porque eu jogo o jogo"
É bom saber que alguém, além de mim, sabe que existe um jogo. Um jogo que eu não quero jogar. Um jogo mudo, de regras ridículas e que corrói a todos. Não. Não quero. Prefiro uma conquista inteira a uma eterna procura.

domingo, 2 de novembro de 2008

o querer

Um desejo além da razão
uma certeza
um pedido além da compreensão
uma surpresa.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Calculosinho



Começar denovo, denovo e denovo.
Quantos começos serão necessários para que não haja mais erros?
Quantas juras não cumpridas?
Quantas lágrimas de orgulho não derramadas?
Um dia, talvez, eu conte.
Agora tenho que começar denovo...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Uma prática



E o cavalo encilhado está a caminho!!!

mucho bom, mucho bom!!!


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Segredo

O que você quer da vida? Ser feliz. Essa provavelmente seria a resposta da maioria das pessoas. Consciente ou não, todos estão envolvidos numa busca constante pela felicidade. Mas onde encontrar essa riqueza impalpável? Felicidade é, na verdade, um estado de satisfação. Pode ser duradouro ou não e o desafio de todo ser humano é prolongar ao máximo esse estado.
Todos querem ser felizes. Talvez a única sentença que possa ser generalizada com absoluta certeza. Mas um mundo em que todos fossem felizes para sempre está longe de ser perfeito, pois até o mais ideal estado de felicidade se tornaria tedioso se fosse eterno. Vivemos num mundo de contrastes, por isso, só saberá o que é ser feliz quem já esteve triste um dia.
O ser humano é um eterno insatisfeito e sua verdadeira busca não é pela felicidade eterna dos contos de fada, mas sim pelo conflito e pela sensação de êxtase que a resolução deste proporciona. Sim, buscamos a resolução do conflito, aquele exato momento em que tudo se resolve e vira, então, felicidade.
Sempre é possível ser feliz, mas muitos não são pelo simples fato de temerem os conflitos e contrastes. Então, se acomodam ao curto e tedioso estado de felicidade proporcionado pela satisfação momentânea. O único, o verdadeiro e cobiçado segredo da felicidade é não temer os desafios. É ter coragem de ser feliz.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ao vencedor as batatas


"O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens." (Quincas Borba)

Pobre Rubião, pobre Quincas...

domingo, 19 de outubro de 2008

Um vício


Eis aqui a mais nova frequentadora assídua dos bailões da cidade.

Sim, eu sou feliz!!!
:)

sábado, 18 de outubro de 2008

Achou?

Achei!
Certeza?
Aham!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

esperazinha



Uma espera é sempre dilacerante
todo barulho é um alerta
todo sussuro é audível
todo ronco de carro é uma esperança utópica
e todo minuto, uma certeza incerta

Então, a espera acaba
e tudo vira Silêncio.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A partida



Não é Manuela
não foi culpa dela
era a demora
então foi embora
muitos temores
os falsos amores
se desiludiu
cansou e partiu

terça-feira, 14 de outubro de 2008

uma teoria


Acredito no cavalo sem cela

porque esse é montado por vontade própria

por determinação

sem sortilégios

mas talvez por destino

e esse sim vale a pena

esse sim nos faz sentir a verdadeira liberdade

o verdadeiro vento

o vento da conquista

o vento de vitória.

sábado, 4 de outubro de 2008

Missão Cumprida

Setembro foi um mês e tanto. Dizem ser o mês mais estressante para os alunos. Realmente, nesse mês eu paguei os pecados dessa e das outras encarnações. Eu disse que voltaria para contar a experiência, então, estou aqui.
Quando assumi a responsabilidade da coordenação geral, eu sabia o quanto trabalho isso iría me dar e imediatamente senti o peso da equipe em minhas costas, só não sabia o quão estressante isso se tornaria. Foi um mês de corrida contra o tempo, um mês de criação, de necessidade de idéias novas (post anterior), um mês de noites mal dormidas e de aulas perdidas (muitas), um mês de pura pressão. Me perdi muitas vezes, nem sempre tive uma resposta pronta, ouvi críticas(livro gigante? é louca!), tive medo sim, medo que minhas idéias ousadas não dessem certo, mas não exitei, continuei, trabalhei muitos dias até tarde da noite e hoje acredito que valeu a pena. Ouvi muitos elogios também e isso me deixou muito feliz. Somente ontem Setembro acabou para mim, pude ver o resultado de tanto trabalho e a única sensação que tive foi a de missão cumprida.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Precisa-se de uma idéia



Faz dias, semanas e nada. Por que é tão difícil ter uma idéia quando precisamos dela? Deve estar escrito " caçadora de idéias" na minha testa, então elas fogem de mim desesperadas, como o diabo foge da cruz, as bruxas da inquisição e os judeus de Hitler. Platão dizia que existia um mundo das idéias, um mundo perfeito. Se existe deve estar bem escondido porque eu ainda não peguei uma mísera idéia boba que se perdesse por aí. Nem eu, nem ninguém, já que esse mundo mundano está realmente carente de boas idéias e de pessoas que procurem por elas. Mas a questão é que eu não tenho escolha, preciso de uma idéia e rápido. Alguém se importa com os dias angustiantes e com as noites mal dormidas que antecedem uma criação? Não. As pessoas querem resultados, querem idéias prontas, planejadas, explicadas e agradáveis aos olhos. Enquanto isso eu continuo aqui tentando armar minha arapuca entre os mundos para que uma idéia distraída caia nela.

domingo, 21 de setembro de 2008

caminhos diferentes


Aprendi a dançar!!
A vida é bela!!
Os pássaros cantam!!
ai ai, to feliz!
Quando a gente menos espera, as coisas simplesmente acontecem...
Nossa quanto clichê! e dai? os clichês são lindos!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Recesso


Estou no meu momento "Abrace o mundo e não tenha tempo de viver a própria vida".

Mas voltarei para contar a minha experiência de quase morte na direção geral de uma equipe. Loucura, loucura, loucura! (Salve Luciano Huck)


;**

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O Paradoxo


Depois de algum tempo conseguimos perceber que tudo passa. A vida, os amores, as pessoas, as dores. Tudo é um constante ciclo, e nós estamos nele, apenas acompanhando esse movimento automático e inconsciente da vida. O mesmo tempo que cura é cruel, torna tudo finito e substituível. Sim, pessoas também são substituíveis. Elas dão lugar a outras que entrarão no ciclo e continuarão a viver essa vida determinada, planejada, pré-estabelecida, medíocre. Seria cruel se não fosse absurdamente normal. Então surgem aqueles que não gostam de ordens, de ciclos, de regras e travam uma verdadeira batalha contra o tempo para eternizar tudo o que puderem, inclusive a si mesmos. Esses tornam-se heróis, autores de grandes feitos, façanhas, que serão estudados e lembrados a cada geração. E as pessoas não entendem como puderam, como fizeram, então serão amados ou odiados por toda a eternidade, exatamente o que sempre quiseram. Ser diferente, eternizado, driblar o tempo mesmo que não consigam driblar a morte.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

um devaneio


Tá, eu não sei o que escrever, mas vou tentar... hmm deixa ver, to lendo A Casa das Sete Mulheres, muuuuito bom, essa história me fascina desde que a minisérie passou pela primeira vez na globo. Sempre gostei dessas histórias antigas do Rio Grande, dos pampas, dos farrapos, das mulheres com aqueles vestidos de prenda, de tudo. Depois eu descobri que existia o livro, mas eu não achava em lugar nenhum na época, daí esqueci, até que esses dias eu achei! Pensa numa felicidade! Sim, eu sou meio fanática por histórias, e até hoje sou apaixonada pela personagem Manuela, uma das sete mulheres, até brigava com a minha mãe pra poder assistir a minisérie que passava super tarde na globo, só pra ver a Manuela. Sempre quis que o Garibaldi ficasse com ela, apesar de ter aprendido na escola que ele se casaria com Anita e toda aquela história de heroísmo, mas eu tinha tanta pena da Manuela, tadinha...Isso com certeza tem relação com o fato de a maioria dos meus poemas terem Manuela como personagem principal. =)

domingo, 31 de agosto de 2008

Oi oi oi

Bom, to meio sem inspiração pra escrever algo que preste ultimamente, mas tenho boas notícias.
Um conto meu foi publicado no site Palpitar!! Que legal, que legal, que legal!!!
Agora que to chique, to pensando até em abandonar o laboratório e meus futuros beckers e me dedicar exclusivamente à literatura, já posso até me ver ao lado de Dan Brown e J.K.Rowling... hohoho, capaz capaz, mas deixo o site aí pra quem quiser conferir! ( propaganda, haha)

http://www.palpitar.com.br/criacao.php?cat=conto

beijos
:*

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ois


Manuela sempre volta
retorna
ressussita
palpita
e se agita com um ois
aparece
e até merece
um espaço
um abraço
e toma conta
meio tonta
quer calor
sabor
e um amor.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Flash-back



Quando as palavras nos faltam é porque alguns momentos são intraduzíveis. Nenhuma palavra conseguiria descrevê-los com exatidão, se escritos, os detalhes se perderiam, e junto com eles a magia da lembrança. Essa é o que nos resta. Essa torna-se um consolo. Essa ficará guardada e poderá ser vista até quando os olhos não possam mais ver.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Uns olhos



Ele a viu sentada. Estava diferente hoje. Já ia embora quando passou por ela. Parou. Durante alguns segundos travou uma luta consigo mesmo: falaria com ela, mas o quê? Não, não falaria. Seus pés foram e voltaram, ele respirou fundo e... não falou. Respirou denovo e a chamou, pediria uma informação.
Ela então virou e o encarou, como ficara linda. Ele, meio sem jeito fez a pergunta, tola por sinal, era evidênte que fora de propósito. Ela, gentilmente, começou a responder, então seus olhos se encontraram. Sua voz foi ficando cada vez mais fraca, quase inaudível, ele se curvava para ouvi-la, mas já não ouvia mais nada, apenas olhava ela falar, olhava aqueles olhos negros a sua frente, o abismo misterioso que o atraía. Curvou-se até muito próximo dela, que já havia parado de falar e apenas o olhava também. Então algo acontceu, ali, durante aqueles poucos segundos em que tão próximos eles apenas se olharam. Seus olhos atraíam-se e ambos sentiam isso.
Ele percebendo o desconcerto dela, que desviou o olhar, retomou a pergunta. Essa foi respondida novamente, dessa vez de um modo mais automático. Não se despediram, apenas fingiram não ter acontecido nada, como em todas as outras vezes.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O gesto


De repente viu o gesto. Aquele mesmo gesto de suas lembranças, de seus sonhos, sendo feito com tanta naturalidade ali na sua frente. Nesse momento já não ouvia o que o homem dizia, apenas olhava para suas mãos, com uma certa fixação via ele fazer o gesto e repetir a explicação da qual nem se recordava. Como em camera lenta, o homem entrelaçava as próprias mãos. Não lembrava o que dizia, mas lembrava de seus dedos se encaixando devagar e lembrava melhor ainda de uma outra noite, de outros dedos, de outra mão, do mesmo gesto.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O Encantamento



Ela não o olhava nos olhos, não conseguia, não podia olhar com indiferença para os mesmos olhos que amou um dia. Ela sabia que enquanto continuasse perto, jamais o esqueceria. Ela já não o amava, nem mesmo odiava, mas ainda não tinha chegado ao nível da indiferença, talvez nunca chegasse. Pessoas que conseguem despertar as emoções mais profundas e os sentimentos mais intensos jamais serão indiferentes. Fazia tanto tempo, tinha lembranças tão boas da época em que não havia maldade nenhuma num abraço, num sorriso. Mas nunca houve um abraço, nem tantos sorrisos, e sim, palavras mal compreendidas de quem mal sabia o que sentia, e lágrimas, muitas lágrimas. E o tempo passou, o mesmo tempo que cura, que amargura e que ensina. Ensina que dizer o que sente assusta. E que um inoscente "eu te amo" pode quebrar o encantamento, acabar com uma amizade e afastar duas pessoas para sempre.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Apenas palavras



Palavras têm um poder inimaginável. Podem mudar totalmente decisões já tomadas. Podem fazer amar, ensinar, sufocar, fazer chorar. Ainda assim não deixarão de ser somente palavras. Palavras dependem do tempo para serem ditas, e juntos podem construir pequenas relações ou destruir grandes impérios. Palavra mal dita na hora certa, faz sonhar, já bem dita na hora errada, faz acordar. E assim tudo se cria, tudo se perde e nada se transforma, transtorna-se. Então cria-se denovo e denovo, até percebermos que palavras são só palavras. Poderosas sim, mas não bastam. Podem ser mal feitas, perfeitas e ainda assim não completam o vazio com que nasce cada ser humano. Palavras mentem, nos faltam, não traduzem tudo. Palavras são só palavras, desde sempre e até encontrarem um gesto, e então quando se calam, dizem tudo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Um desejo



Sentia muita coisa ao mesmo tempo, mais do que pudesse compreender, mais do que pudesse identificar, mais do que quisesse sentir. Eram muitos excessos, como se a vida teimasse em fazer com que ela entendesse as consequencias dos seus sentimentos muito antes do que ela podia. Como se tivesse que sentir tudo isso agora, para poder identifica-los depois, quando estivesse sozinha. Era como se precisasse ter percepções diferentes das mesmas pessoas, das mesmas coisas, das mesmas histórias. Tinha que saber quantas havia em si mesma. Mas ela não queria. Não queria nada disso. Tanto que se achasse uma lâmpada mágica e tivesse direito a um desejo, ela desejaria não ter sentimentos por um único dia que fosse.

sábado, 2 de agosto de 2008

Dia bonito



Foi quando em meio às minhas reclamações, ele pegou no meu braço e me interrompeu:
- Deixa eu dizer uma coisa. Escute.
Eu virei surpresa e o encarei. Ele me olhava com aqueles olhos de um azul que eu jamais vi igual. Aqueles olhos pequenos, já escondidos pelo tempo, mas que continham a sabedoria que só este pode proporcionar.
- Hoje de manhã, quando você levantou, viu como estava o tempo lá fora? - apontando para a janela atrás de si - Estava nublado, fechado, parecia que ia chover, não é mesmo? E você está vendo o tempo agora? Agora está um dia bonito de sol. Presta atenção. Nem tudo o que parece é, e as vezes, a gente precisa esquecer o que já passou e viver o dia bonito, viver o agora.
Soltou meu braço e continuou a comer.
Eram azuis, muito azuis...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Manuela

Manuela não entende. Manuela ainda espera. Manuela ainda sente. Pobre moça inoscente.
Manuela se entrega. Manuela não se nega. Manuela ainda quer. Tem um desejo qualquer.
Manuela ainda chora. Manuela implora. Manuela namora a ilusão que tiver.
Ah Manuela, menininha mulher, só não aprende porque não quer.
Manuela acredita. Manuela não evita. Manuela nem cogita desamar.
Manuela gosta. Manuela encosta. Manuela aposta num falar, numa voz.
Manuela confia. Manuela recria. Para Manuela não havia um algoz.
Manuela é intensa. Manuela nem pensa. Recompensa quem a fere.
Por isso, Manuela, não me admiro que ainda espere.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Flagrante da Criação


Louíse acabou de surgir em mim, sua mente ferve e não me deixa terminar nada, diante disso, apresento-lhes a obra Fragmentos, talvez um dia termine algum deles...


Quando não se tem nada pra fazer é que surgem as idéias mais mirabolantes, mais esquisitas, mais malucas. O que uma pessoa que está acostumada a não ter tempo nem pra ir ao banheiro faz quando não tem nada pra fazer?
...........
É como se a rotina, o dia-a-dia de afazeres interminaveis encobrissem aquelas abobrinhas que teimamos em remoer de vez em quando, mas que a falta de tempo não permite que elas tomem forma...
...........
...de repente o tédio faz aflorar um impulso criador...
............
Depois de anos aprendendo a fazer textos e redações argumentativas, impessoais, em prosa, usando linguagem culta e terceira pessoa, eu (ai como é bom escrever 'eu' ) estou tendo uma certa dificuldade em achar a minha pessoa, ou seja, eu (eu, eu, eu, eu, eu \o/ hahaha, aqui você não me pega, Ange!)
...........
Quem é a terceira pessoa?
eis a questão!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Um pedido

Elas saíram de casa. Foram caminhar. Uma delas tinha um objetivo. Sim, ela falaria com ele. Tinha vergonha, é claro, mas precisava fazer isso. Precisava fazer uma pergunta, acabar com essa dúvida cruel que a consumia. Já não comia direito há dias devido a ansiedade. Elas conversavam e andavam sem rumo pela cidade, quando em meio às gargalhadas perceberam que estavam próximas do lugar.
- Vamos lá! - disse uma delas - é agora ou nunca!
- Não, eu não quero mais ir!
- Vai sim - disse a outra - Você precisa resolver isso logo e se livrar dessa agonía.
- Tá! Mas não agora! Vamos dar mais uma volta... - resistia.
- Agora sim! Já estamos aqui e vamos em frente, com ou sem você!
- É! E nós falaremos com ele se você não falar! Vamos!
- Não!! Eu falo...mas eu tenho medo...
Elas foram devagar, devido a resistencia da outra. Estavam a menos de uma quadra do local. Pararam na esquina. A ansiedade da garota era tanta que já havia tomado conta das outras também.
- Ai sério... não quero mais!
- Não tem não quer.
- Você já sabe o que vai falar pra ele?
- Sei...não, não sei...na hora eu improviso.
- Então vamos!
- Não!!! Espera mais um pouco. Eu não sei o que falar. Me ajudem.
- Você não disse que improvisava?
- Disse, mas eu não vou conseguir...o que vocês acham que eu devo dizer?
Gastaram mais uns dez minutos escolhendo as melhores palavras. Ela repetia... uma, duas, tres vezes. Pensaram também nas possibilidades de resposta que ele poderia dar e o que fazer em cada caso. Ela decorava tudo. Amigas previnidas valem por duas.
- Pronto, agora você já sabe o que falar, vamos indo.
- Será que ele está lá? Olha! Tem gente lá na frente! É ele aquele?
- Onde?
- Aquele de boné! Ai gurias...
- Não... acho que não. Vamos!
Elas foram. Passo a passo. O clima de tensão no ar era quase palpável. Ela ainda resistia, mas a essa altura as amigas estavam a ponto de empurrá-la se cogitasse a hipótese de desistir.
Então chegaram. O plano era olhar as vitrines da loja como quem não quer nada.
- Estão vendo ele? Ele não tá aí...
- Claro que tá, e ele já te viu.
- Onde? Eu não vejo nada! Ai meu deus.
- Calma, acho que ele ta falando no celular... vamos pra outra vitrine.
- E agora? Estão vendo? Eu não posso olhar! Ai que vergonha!
- Ai perdi ele de vista, calma... achei! É, ele ta no celular. Tá olhando pra cá.
Ela respirou fundo, como quem busca os últimos resquícios de coragem. Então virou e sorriu.
Ele sorriu de volta e acenou. Ela fez um gesto com a mão e, através do vidro, indicou que queria conversar com ele.
Ele saiu da loja, ainda estava ao telefone. Ela tremia, cruzou os braços pra disfarçar. Ambos parados na entrada. Estava ansiosa, não contava com o imprevisto do telefonema. Queria falar logo e ir embora. Mas esperava, e isso a deixava mais nervosa. Esperava com os braços cruzados, fingindo olhar alguma peça interessante na vitrine ao lado, da qual provavelmente nem lembraria. Olhou para ele novamente. Sorriram. Ele falava alguma coisa sobre uma festa, onze horas...ela não se deteve a conversa. Por fim desligou.
Cumprimentaram-se com um beijo no rosto.
- Vim te ver né...você sumiu... - ela podia sentir as faces rubras.
- É...sumi...- sussurrou envergonhado - é que eu não tava muito bem...
- Eu queria falar com você sobre uma coisa que você me disse sábado - gaguejou um pouco apesar de ter decorado - Você me apresentou pro teu amigo como tua namorada, lembra?
- É...eu disse...
- Então...eu quero saber se você tava falando sério ou era brincadeira? - disse, ainda com os braços cruzados.
- Pois é...- respondeu ele após alguns segundos que para ela pareceram uma eternidade - temos que ver né...- continuou após coçar a nuca e dar um sorriso nervoso - ... temos que conversar...
Ela forçou um riso, esperava mais, muito mais. Não disse nada, apenas o olhou como quem acabara de ser desiludida. Só agora havia notado a quantidade de sardas.
- Você vai ta aí essa semana? - perguntou ele, para evitar o silêncio - Eu te ligo...pra gente sair e conversar mais um pouco.
- Sim...
- Sábado! Pode ser? Ah não... sábado eu vou trabalhar a noite toda...mas essa semana...uma noite... eu te ligo ta?
- Tá...- já havia escutado essa mesma conversa antes, deu um último sorriso automatico, quase que sem graça - é que eu precisava saber...
Despediram-se com um beijo no rosto.

sábado, 26 de julho de 2008

ode a uma vontade

Como eu tive um impulso e excluí o antigo l'excessive, acabei perdendo aquela introdução caprichada que eu tinha sobre os excessos, aliás, são tantos que não cabem em mim. Por isso e para compensar mais um desses excessos, esse mais definível por impulso, é que coloquei aqui, justamente uma explicação do caso.

. Impulsos
constrangem-me esses impulsos
ah impulsos, de onde vêm?
aproveitam meus descuidos
e aparecem assim tão bem

envergonham-me esses impulsos
quantas vontades ainda têm?
antes ficassem mudos
mas falam por mim também

usam-me esses impulsos
estão a procura de alguém?
sentimentos tão profundos
agora já não convém

controlam-me esses impulsos
querem o quê ou a quem?
de mim não farão mais uso
não digam mais nada a ninguém!

movem-me esses impulsos
fazem acontecer
ignoram o que eu recuso
e assim obrigam-me a viver...