sábado, 12 de março de 2011

Oblíqua e Dissimulada.


O que eu tenho a dizer sobre os meses que antecederam esse terceiro primeiro dia de aula?

Sei que foram aguardados ansiosamente e carregavam o peso de muitos planos e expectativas. Mas esqueci que esses não devem ser feitos com tantos detalhes. Esqueci da vantagem do não-saber, do prazer da surpresa. Sem essa, há monotonia, tédio e talvez frustração. Não, não em tudo! Apenas nos detalhes em si, mas que não eram poucos.

Aprendi que as pessoas mudam, mesmo que eu queira congelá-las na memória. A memória muda também. E eu? Eu mudo numa velocidade assustadora, quase que dissimulada. É como interpretar um personagem diferente a cada cenário, a cada público. As vezes me esqueço de qual delas eu sou, de qual devo ser naquele momento... mas eu sei que todas elas sou eu.

Aprendi a viver a intensidade de alguns momentos, independente de como seria depois. Ora, mas isso eu já sabia! Sentir é completamente diferente. E o saber então, pode ser tão cruel quanto fascinante.