Existem verdades, daquelas bem inconvenientes, que tentamos sufocar dentro da gente, por vergonha, pudor ou excesso de racionalidade. Em tese, sabemos o que é certo e o que é errado, somos ensinados, julgados, avaliados o tempo todo. Então cumprimos as regras. Tentamos viver de acordo com o que todos julgam adequado, e com o que acreditamos racionalmente, matematicamente, estatisticamente que será melhor mesmo, afinal a ideia do que é bom e do que é ruim já está pré estabelecida, é só uma questão de aceitação. Mas o caminho 'certo' se torna tão monótono, chato, sem graça... vemos as pessoas ao nosso redor cumprindo as etapas obrigatórias da vida, e nos damos conta de que isso não é o suficiente para nós. O que há de errado comigo? Estou fazendo o que é 'certo', isso deveria me fazer feliz! Então tentamos de novo, e de novo, e mais uma vez... e nos frustramos, nos torturamos, sofremos tentando nos encaixar num padrão, nos identificar com algum dos ingredientes dessa receita de bolo da vida.
Até o dia em que a vontade de viver é maior do que o medo da mudança. Chutamos o balde e de repente o que é 'errado' acende lá dentro da gente uma centelha, aquela sensação de criança que apronta. Só que não somos mais crianças, podemos assumir o risco dessas escolhas. Queremos pagar pra ver! Os limites do que é certo e errado passam a não ser mais tão rígidos. Vivemos. Experimentamos. Sentimos. E chegamos a conclusão que sim, somos diferentes, e é essa diferença que nos move, que nos fascina, realiza. Então somos felizes! Somos felizes porque já não importa tanto o que é certo e errado, o que é verdade e mentira, e sim o que nos faz bem. Somos felizes porque temos a coragem e ousadia de viver a vida de acordo com os próprios princípios. Mais do que felizes, somos gratos por sentir a vida pulsando em nossas veias, e por finalmente estarmos livres.
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